Para que um projeto de arquitetura esteja definitivamente pronto, existem diversas etapas a serem seguidas após sua entrega para o arquiteto. Deve ser feito um levantamento de informações sobre a obra, sua localização, as regras do município e bairro onde a edificação será instalada, além de todos os esboços e mudanças a serem feitos. Depois de alinhados e alterados os pontos que necessitam de revisão, é hora de cuidar do aspecto mais importante do trabalho: o projeto executivo de arquitetura, documento que será enviado para os engenheiros e trabalhadores responsáveis pela obra.
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Considerado a “obra-prima” do arquiteto, o projeto executivo de arquitetura reúne todos os pontos fundamentais para o bom andamento da obra, como, por exemplo, os projetos sanitário, hídrico, elétrico, a lista de materiais que devem ser usados de acordo com o ambiente, entre outros.
O projeto executivo de arquitetura, portanto, pode ser considerado a união do que foi feito no processo criativo com a viabilidade do que foi projetado fora do papel. Ou seja, é o documento que reúne tudo o que é necessário para iniciar a construção.
Neste post, explicaremos o que é projeto executivo de arquitetura, passando por todos os tópicos que o envolvem, detalhando as etapas e trazendo dicas para otimizar o processo. Se interessou? Então continue conosco e boa leitura!
O que é um projeto executivo de arquitetura?
O projeto executivo de arquitetura é um documento essencial e completo que engloba todas as informações necessárias para a realização de uma obra. É o resultado final do processo de projeto, representando, assim, a entrega oficial do arquiteto.
Elaborado após reuniões com o cliente, engenheiro e demais envolvidos, o projeto executivo de arquitetura é responsável por definir os materiais, conceitos aplicados e detalhes de extrema importância para atender às expectativas do cliente.
Dentro do projeto executivo de arquitetura, diversos componentes desempenham papéis fundamentais, como o memorial descritivo, que traz todas as etapas e procedimentos a serem seguidos no desenvolvimento da obra, detalhando cada passo do processo, além da tabela orçamentária, que também desempenha um papel crucial, resumindo todas as informações relacionadas aos custos e materiais necessários, incluindo mão de obra, aluguel de equipamentos, serviços terceirizados e outros detalhes individuais que envolvem os gastos da construção.
Além disso, o projeto executivo de arquitetura apresenta as plantas arquitetônicas, estruturais, elétricas e demais pranchas necessárias para garantir que não haja dúvidas sobre como a construção deve ser conduzida. Essas informações também estão presentes no projeto básico, porém possuem um nível de detalhamento superior no projeto executivo. Nele, são apontados os detalhes finais e específicos necessários para a efetivação da obra, como a escolha dos materiais de acabamento, por exemplo.
As normas da ABNT a serem usadas
Você sabia que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) não serve apenas para criar normas de trabalhos acadêmicos? Pois é. A ABNT exerce um papel fundamental na padronização e normatização de diversas áreas da indústria no Brasil. As normas da ABNT desempenham uma função crucial no desenvolvimento de projetos executivos de arquitetura, garantindo a compreensão e adequação das informações a todos os envolvidos no processo.
A utilização das normas da ABNT no projeto executivo de arquitetura traz diversos benefícios. A padronização estabelecida por essas normas assegura que todos os elementos essenciais sejam contemplados, evitando ambiguidades e desencontros nas informações. Além disso, as normas proporcionam a replicabilidade dos projetos, ou seja, a possibilidade de serem reproduzidos de maneira consistente e confiável.
No contexto específico do projeto arquitetônico, as normas da ABNT abrangem desde o desenho técnico e a representação visual do projeto — conforme especificado na Norma Brasileira (NBR) 6492/94: Representação de projetos de arquitetura — como também as etapas de fundação, edificação, acabamento e instalações, como plantas elétricas, estruturais, de telhado e de piso, entre outras.
Cabe destacar que existem normas específicas para construções novas e para reformas, detalhadas nas normas de arquitetura e engenharia. Uma das principais normas utilizadas nesse contexto é a NBR 13.531/95: Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas, que estabelece as atividades técnicas exigidas para a construção de edificações, fornecendo diretrizes importantes, embora não abranja todo o projeto de forma autossuficiente.
Para cada área específica do projeto executivo de arquitetura, existem normas aplicáveis, que detalham os requisitos e procedimentos a serem seguidos. Essas normas incluem desde o projeto de fundações, regido pela NBR 6122/96: Projeto e execução de fundações, até os revestimentos de pisos e paredes, abrangidos pela NBR 13.753 (Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante), NBR 13.754 (Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante) e NBR 13.755 (Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante).
Essa extensa lista de normas se estende para todos os tipos de edificações e para cada etapa do projeto executivo de arquitetura. Dessa forma, é fundamental que os profissionais de arquitetura e engenharia estejam sempre atualizados e informados sobre as normas que devem ser utilizadas em suas obras, garantindo a conformidade, qualidade e segurança dos projetos.
Qual a diferença entre o projeto básico e o projeto executivo de arquitetura?
Como já citamos anteriormente, o projeto básico tem poucas diferenças em relação ao projeto executivo de arquitetura. Ambos se distinguem, principalmente, no que se refere às propostas de cada um, sendo, basicamente, fases diferentes de um mesmo processo. Vamos compreender a seguir.
De acordo com a NBR 13.531/95, o projeto executivo de arquitetura, também conhecido como projeto para execução (PE), é a etapa final do desenvolvimento do projeto, sendo responsável por fornecer todas as informações técnicas completas, definitivas, necessárias e suficientes para a licitação e execução da obra. Essa definição esclarece o escopo do projeto executivo, que é entregue pelo projetista ao final do processo.
Por outro lado, o projeto básico (PB), apresenta informações ainda não concluídas sobre o projeto. Seu objetivo é discutir o que mais precisa ser feito, chegar a considerações finais sobre aspectos mais complexos ou controversos da edificação, ou simplesmente fornecer informações sobre viabilidade técnica e financeira do projeto, estimativas iniciais de custos, expectativas de prazo de execução e outras informações relevantes. De acordo com a norma técnica, o projeto básico é um item opcional.
Existem etapas anteriores ao projeto executivo e ao projeto básico que fornecem a base na qual o projeto será desenvolvido, como a coleta de todas as informações necessárias e a elaboração do projeto prévio da obra. No entanto, compreender a diferença entre o projeto executivo de arquitetura e o projeto básico é de extrema importância para evitar o desperdício de energia e esforço excessivos na fase do projeto básico. Caso o cliente rejeite o projeto apresentado, isso pode resultar em desperdício de recursos humanos e, possivelmente, financeiros.
Em resumo, o projeto básico fornece todas as informações relevantes antes que o projeto assuma sua forma final, enquanto o projeto executivo de arquitetura descreve todos os elementos que serão desenvolvidos a partir desse estágio. É essencial compreender essa distinção para garantir uma execução eficiente e satisfatória do projeto arquitetônico.
Qual a importância do projeto executivo?
O projeto executivo de arquitetura desempenha um papel de enorme importância no sucesso de uma construção, sendo considerado o documento mais importante e o trabalho mais relevante de um arquiteto. Ele representa a aplicação de todo o conhecimento adquirido durante a formação acadêmica e vai além disso. Esse documento é o reflexo da competência, responsabilidade e habilidade do profissional arquiteto.
A importância do projeto executivo de arquitetura para a construção é inquestionável, pois ele serve como um guia completo, reunindo todas as informações necessárias em uma espécie de manual de instruções bem detalhado, que não apenas fornece orientações sobre como executar cada passo da obra, mas também atua como a receita perfeita para atender às necessidades específicas do cliente, levando em consideração as exigências legais, normas e aspectos de engenharia.
Sem um projeto executivo de arquitetura bem elaborado, é provável que haja perda de dinheiro e insatisfação do proprietário da obra. Além disso, erros podem ocorrer se a qualidade do projeto executivo não for adequada ou se não for utilizado de forma eficiente. Esse documento garante que todas as partes envolvidas na execução da obra estejam alinhadas com os mesmos pensamentos e objetivos, levando em consideração as necessidades do cliente e as exigências burocráticas.
Em resumo, o projeto executivo de arquitetura é de extrema importância por vários motivos. Em primeiro lugar, assegura que todas as informações sejam previstas, estudadas e confiáveis, elaboradas por um profissional capacitado. Além disso, reúne todas as informações essenciais em um único local, tornando-as acessíveis a todos os envolvidos. Um bom projeto de arquitetura otimiza os custos, garante segurança, conforto e a plena realização das expectativas do cliente.
Como fazer um projeto executivo de arquitetura?
Embora o projeto executivo de arquitetura seja de imensa importância para o bom andamento da construção, as etapas anteriores a ele também não devem ser menosprezadas. Afinal, são elas que embasam as tomadas de decisões a serem tomadas no projeto básico, fundamentando os passos a serem tomados na fase do projeto executivo.
Por isso, antes de iniciar o projeto executivo, é fundamental trabalhar com o mesmo afinco nas etapas anteriores a ele. Assim, nenhum passo é esquecido e a qualidade do projeto final não fica comprometida.
A seguir, listaremos as etapas anteriores ao projeto executivo de arquitetura, como constam na NBR 13.531. Confira!
Levantamento (LV)
O levantamento, também conhecido como LV, é uma etapa fundamental que precede o projeto executivo de arquitetura. Nessa fase, são coletados todos os dados relacionados à demanda da obra. É realizada uma reunião abrangendo diversos aspectos, como as expectativas do cliente, informações sobre o local, orçamento disponível, quantidade de pessoal necessária e até mesmo o tempo estimado para a conclusão do trabalho como um todo.
Essa etapa é de extrema importância, tanto para manter o cliente informado e consciente de todos os aspectos envolvidos no processo até a conclusão da obra, quanto para que os próprios arquitetos tenham pleno conhecimento do contexto em que estão atuando.
Um dos resultados dessa etapa é a elaboração de um documento chamado briefing, que reúne todas as informações relevantes sobre o projeto. Nele, são feitos esboços de ideias e anotações que resumem as expectativas do cliente. É essencial dedicar bastante atenção a essa etapa, garantindo uma compreensão profunda da intenção da obra. O objetivo principal é alinhar as vontades do cliente com as propostas artísticas, buscando um equilíbrio harmonioso entre ambos.
O levantamento, ao reunir todas as informações essenciais, permite estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento do projeto executivo de arquitetura, contribuindo para a eficiência e sucesso do trabalho a ser realizado.
Programa de necessidades (PN)
O Programa de Necessidades, identificado na NBR 13.531 como PN, é uma etapa essencial que ocorre após o levantamento e antecede a elaboração do projeto de arquitetura. Com base nas informações coletadas durante o levantamento, em contato direto com o cliente e considerando a realidade da obra, o arquiteto elabora uma lista detalhada de necessidades, que constitui o PN.
Nesse programa, são descritas todas as exigências e limitações do projeto. Por exemplo, podem ser especificadas a necessidade de portas largas para garantir acessibilidade, a instalação de sistemas de refrigeração ou aquecimento nos ambientes (com base no clima da região), o tipo de iluminação demandado pelo cliente, entre outros aspectos relevantes. Dessa forma, através das condições estabelecidas, é possível criar uma proposta que atenda plenamente a todas as necessidades identificadas.
O PN, de certa forma, resume as informações obtidas através do levantamento. Após compreender completamente os desejos do cliente, o arquiteto elabora um documento que especifica todas as condições necessárias para a realização da obra. Essas necessidades são coletadas por meio de visitas ao local, conversas detalhadas sobre cada espaço com o cliente e compreensão do perfil das pessoas que irão conviver no ambiente.
Por exemplo, se o cliente deseja que um dos quartos de sua residência seja utilizado como escritório, é necessário pensar na iluminação adequada para essa finalidade. Por outro lado, se o projeto se destina a um bar rústico em um estabelecimento comercial, é necessário planejar um ambiente mais intimista, com iluminação mais sutil e ambientes separados. Esses são apenas alguns exemplos de aspectos que devem ser considerados durante a elaboração do PN.
Estudo de viabilidade (EV)
Após a definição do Programa de Necessidades, que contempla todas as demandas do cliente, é necessário realizar uma análise para verificar a viabilidade do projeto. O objetivo do estudo de viabilidade (EV) é determinar se o projeto é possível e viável, ou seja, se é viável transformar a ideia em realidade. Diversos fatores entram em jogo nessa etapa:
- Orçamento: O orçamento disponível pelo cliente é adequado para realizar o projeto conforme suas expectativas? É necessário avaliar se o investimento financeiro está alinhado com a magnitude e complexidade do projeto.
- Localização: É preciso considerar aspectos como acessibilidade, infraestrutura disponível na região, zoneamento e restrições legais, entre outros.
- Atendimento às necessidades: O projeto é capaz de atender a todas as necessidades e requisitos do cliente, conforme estabelecidos no Programa de Necessidades? O responsável pelo projeto deve verificar se todas as demandas podem ser adequadamente incorporadas na solução arquitetônica.
- Documentação: É fundamental que todos os documentos e licenças necessários para a execução do projeto estejam disponíveis, garantindo que todas as questões burocráticas e legais sejam atendidas. Isso pode evitar problemas futuros.
- Conformidade com a legislação: O projeto está de acordo com as leis, regulamentos e normas vigentes? É essencial assegurar que a construção proposta está de acordo com as diretrizes urbanísticas, ambientais e de segurança estabelecidas.
Durante essa etapa, é imprescindível que o arquiteto conduza o estudo de viabilidade com seriedade e transparência, fornecendo informações verdadeiras ao cliente. Não deve haver espaço para iniciar um projeto que, posteriormente, se revele inviável. Da mesma forma, não se deve negar a possibilidade de um projeto que, de fato, pode ser executado.
Estudo preliminar (EP)
Após a aprovação do projeto e a confirmação de que ele é viável e possível de ser realizado da maneira correta, é hora de avançar para a próxima etapa: o Estudo Preliminar (EP). Nessa fase de estudo preliminar de arquitetura, o arquiteto irá elaborar desenhos iniciais da obra e criar algumas maquetes para apresentar ao cliente.
No Estudo Preliminar, o profissional de arquitetura também realizará cálculos estruturais básicos, anteriores aos cálculos realizados pelo engenheiro. Essa análise tem o objetivo de garantir que as propostas arquitetônicas são possíveis do ponto de vista estrutural. Além disso, serão realizados estudos sobre os materiais a serem utilizados, levando em consideração a posição da obra em relação aos elementos da natureza, bem como a disposição dos cômodos.
É importante ressaltar que o Estudo Preliminar é apenas uma fase inicial do projeto e que podem ocorrer muitas mudanças em relação ao que está sendo proposto para a obra. O cliente deve compreender que esses desenhos e maquetes são esboços iniciais, uma tentativa de conciliar todas as condições necessárias para o local.
Durante essa etapa, o arquiteto terá que alinhar as ideias iniciais, levando em conta as expectativas do cliente, as restrições do ambiente e as soluções arquitetônicas possíveis. É um momento de explorar possibilidades, considerar diferentes alternativas e garantir que todas as necessidades do projeto sejam atendidas.
Anteprojeto (AP) ou pré-execução (PR)
O anteprojeto (AP), que também pode ser chamado de pré-execução (PR), é a próxima etapa a ser realizada antes do projeto executivo de arquitetura. Essa fase é de extrema importância, pois é nela que a ideia começa a se consolidar e se transforma em algo concreto, fornecendo uma visão clara do que será efetivamente construído.
Após o estudo preliminar, é possível que algumas modificações sejam realizadas, sempre em conformidade com a autorização do cliente. Com base em todos os estudos, cálculos e levantamentos de materiais realizados, é elaborado o projeto básico.
Nessa etapa, é essencial que sejam apresentadas as pranchas com desenhos de cada ambiente, a lista de móveis e materiais, os cálculos iniciais e todas as informações relevantes para obter a aprovação do cliente. O anteprojeto representa uma evolução em relação ao estudo preliminar, fornecendo detalhes mais concretos e precisos sobre o projeto.
O objetivo do anteprojeto é transmitir ao cliente uma imagem clara e visualmente compreensível do que será executado. Essa fase é fundamental para assegurar que todas as necessidades do cliente foram contempladas e que as soluções arquitetônicas propostas atendem aos requisitos estabelecidos.
Além disso, o anteprojeto também serve como base para discussões, ajustes e refinamentos antes da elaboração do projeto executivo de arquitetura. É uma etapa intermediária que permite a revisão e aprimoramento das ideias, buscando a melhor adequação às expectativas do cliente, às normas e aos requisitos técnicos.
Projeto legal (PL)
O projeto legal (PL) é um dos últimos estágios antes do projeto executivo de arquitetura. Durante essa fase, são reunidas todas as informações técnicas essenciais para a análise e aprovação por parte das autoridades competentes. Isso inclui os órgãos municipais, estaduais e federais responsáveis pela regulamentação e fiscalização das construções. É necessário atender a todas as exigências legais e normativas vigentes para garantir a conformidade do projeto.
Nessa etapa, são elaborados os documentos e desenhos necessários para a obtenção das licenças e alvarás que permitem a execução da obra. Isso pode envolver a preparação de plantas, cortes, fachadas, especificações técnicas, cálculos estruturais, sistemas de instalações e outros elementos pertinentes.
É importante ressaltar que cada localidade possui suas próprias regulamentações e requisitos legais específicos. Portanto, o projeto legal deve ser desenvolvido levando em consideração as normas aplicáveis ao local da construção.
Após o projeto legal, o arquiteto já pode seguir rumo ao projeto executivo de arquitetura, se preferir. Como já explicamos neste texto, o projeto básico é um passo opcional, embora seja interessante levantar o máximo de informações possível.
Check list do projeto executivo de arquitetura
Com as etapas anteriores prontas, chegou o momento de realizar o projeto executivo de arquitetura. As informações levantadas até agora são de extrema importância para que o projeto tenha viabilidade e possibilidade de sair do papel. O arquiteto deve ter uma conexão forte com os interesses do cliente, conhecer bem a obra e ter as ideias e esboços aprovados por todas as partes envolvidas — incluindo as autoridades competentes.
Acompanhe, então, a seguir, aspectos fundamentais para que o projeto executivo de arquitetura tenha todos os dados necessários.
Plantas e desenhos detalhados
Um dos elementos mais importantes e essenciais no projeto executivo de arquitetura são as plantas da obra a ser realizada. Elas desempenham um papel fundamental ao representar graficamente todas as informações relevantes da obra a ser realizada. É necessário dispor de plantas detalhadas de cada cômodo, bem como plantas de situação e localização, cobertura, paisagismo, elétrica, luminotécnica e forro.
Essas plantas e desenhos são a base de referência para todos os profissionais envolvidos na execução da obra, incluindo engenheiros, pedreiros, mestres de obras, eletricistas, jardineiros e outros. Por isso, é de extrema importância que eles sejam claros, acessíveis e facilmente compreensíveis por todos os envolvidos. É essencial que cada detalhe seja descrito de maneira impecável, sem deixar passar informações que possam exigir conhecimento especializado para serem interpretadas. Evitar o uso de termos técnicos complexos é recomendado; em vez disso, é preferível explicar cada elemento no próprio desenho.
Além das informações específicas de cada planta, é necessário que cada desenho inserido no projeto executivo de arquitetura contenha elementos adicionais importantes. Podemos citar, por exemplo, o norte magnético, as cotas horizontais, as indicações de mudança de nível, caimento de telhado e outras recomendações relacionadas à construção que fornecem orientações precisas para a execução adequada da obra.
Plantas do projeto executivo de arquitetura: planta baixa
A planta baixa é amplamente reconhecida como o elemento central de um projeto executivo de arquitetura, sendo utilizada como base para a construção de muitas edificações. Nela, são apresentadas representações gráficas e textuais dos dados necessários, incluindo a disposição dos cômodos, paredes, mobília, equipamentos e outros elementos considerados essenciais pelo projetista.
No entanto, atualmente, não é mais recomendado o uso da planta baixa de forma exclusiva, uma vez que representar todos os componentes da edificação apenas por meio deste elemento aumenta o risco de erros na execução, comprometendo o resultado final do projeto. Portanto, é recomendado o uso de outros elementos complementares para garantir maior precisão e clareza na representação do projeto executivo de arquitetura.
Plantas do projeto executivo de arquitetura: planta humanizada
A planta humanizada, semelhante à planta baixa, representa visualmente os aspectos do projeto executivo de arquitetura, como janelas, portas, cômodos e outros elementos. No entanto, sua finalidade é outra, sendo mais utilizada como material de marketing, em flyers e cartazes.
Ao contrário da planta baixa, que é essencial para a concepção do projeto executivo de arquitetura, a planta humanizada, também conhecida como planta renderizada, desempenha um papel importante quando há interesse em promover o imóvel, seja para fins publicitários ou de venda.
Plantas do projeto executivo de arquitetura: planta de cobertura
A planta de cobertura é a representação visual da parte superior da edificação, incluindo elementos como chaminés, telhados, calhas, tubos, marquises, entre outros.
É um elemento do projeto executivo de arquitetura que pode ser complexo, exigindo do projetista desenhos adicionais para um detalhamento mais abrangente, dependendo do tipo de cobertura escolhido.
Plantas do projeto executivo de arquitetura: planta de situação
A planta de situação desempenha um papel fundamental ao elencar e representar informações relevantes sobre o terreno onde a edificação será construída. Ela inclui detalhes como vias de acesso, endereços próximos, denominação de edifícios e blocos, construções já existentes na área, possíveis demolições, áreas restritas ou com restrições governamentais, além de escalas e desenhos de referência.
Essa planta fornece uma visão geral do contexto em que a edificação está inserida, sendo essencial para o desenvolvimento do projeto arquitetônico.
Plantas do projeto executivo de arquitetura: planta de locação
A planta de locação, também conhecida como planta de implementação, é responsável por posicionar a edificação no terreno. Ela inclui informações como acessos internos, limites geográficos da construção e eixo das vigas e paredes.
Essa planta é crucial para garantir que a obra seja realizada no local adequado, evitando invadir outros ambientes ou espaços indevidos. É um elemento essencial para a execução correta do projeto executivo de arquitetura.
Plantas do projeto executivo de arquitetura: planta elétrica
Pode ser que alguém leigo no assunto ache esquisito, mas a planta elétrica, também conhecida como projeto elétrico ou diagrama elétrico, é um componente essencial do projeto executivo de arquitetura.
Ela representa de forma detalhada a distribuição dos pontos de energia elétrica em um ambiente. Essa planta tem como objetivo mostrar a disposição dos pontos de iluminação, tomadas, interruptores, quadros de distribuição e demais elementos elétricos necessários para o funcionamento adequado do espaço.
Plantas do projeto executivo de arquitetura: planta luminotécnica
A planta luminotécnica é um tipo de desenho técnico presente no projeto executivo de arquitetura que tem como objetivo representar de forma detalhada a disposição dos pontos de iluminação em um ambiente. Ou seja, ela apresenta informações sobre a localização, tipo e intensidade das luminárias, bem como a distribuição dos pontos de luz ao longo do espaço.
Essa planta é elaborada levando em consideração tanto os aspectos estéticos quanto funcionais do projeto de iluminação. Ela permite ao arquiteto e aos profissionais responsáveis pela instalação elétrica visualizarem de maneira precisa onde serão posicionadas as luminárias, as tomadas de luz e outros elementos relacionados à iluminação.
Plantas do projeto executivo de arquitetura: planta de forro
Por sua vez, a planta de forro, como o nome já diz, representa de forma detalhada o sistema de forro utilizado em um ambiente. Essa planta é feita com o intuito de mostrar a disposição dos elementos que compõem o forro, como placas, painéis, vigas, molduras, sancas, entre outros.
Ao criar a planta de forro, o arquiteto considera diversos aspectos, como a estética, a funcionalidade e a integração com os demais elementos do projeto. Ela apresenta informações sobre a altura do forro em relação ao piso, a localização de pontos de iluminação embutidos ou suspensos, a distribuição de dutos de ar-condicionado, a presença de elementos decorativos, entre outros detalhes.
Desenhos do projeto executivo de arquitetura: corte
O corte é uma representação vertical da edificação, com princípios semelhantes à planta baixa. A grande diferença, além da orientação, é que ele é usado para mostrar e detalhar elementos que não são visíveis no modelo da planta baixa. A edificação é dividida em duas partes para permitir essa representação detalhada.
Desenhos do projeto executivo de arquitetura: fachada
A fachada é a parte externa da edificação, representando como será vista pelas pessoas. O desenho da fachada é frequentemente solicitado pela prefeitura para avaliar a integração da edificação com o entorno. Caso haja uma grande discrepância em relação à vizinhança, a obra pode ser impedida de prosseguir.
Desenhos do projeto executivo de arquitetura: maquete 3D
A maquete 3D é um recurso opcional, porém cada vez mais utilizado pelos projetistas devido aos benefícios que proporciona. Ela auxilia na visualização do projeto arquitetônico, permitindo uma compreensão mais clara de todos os detalhes de forma realista.
Além disso, a maquete 3D também desempenha um papel importante no processo de compatibilização entre os diversos projetos. Assim como a planta humanizada, ela é frequentemente utilizada como material de marketing por construtoras, para promover a venda do empreendimento após sua conclusão.
Projeto estrutural
Enquanto a arquitetura se dedica à parte criativa e aos benefícios estéticos para o cliente, é igualmente importante considerar aspectos matemáticos quando se trata de erguer um espaço físico. Por exemplo, pense em uma ponte. É crucial pensar em sua estética, harmonia e como ela se integra ao ambiente e às pessoas. No entanto, quantos materiais são necessários para evitar que a ponte caia? Como esses materiais devem ser posicionados?
Aqui entra o papel do projeto estrutural. Ele engloba cálculos matemáticos e físicos que determinam os materiais, suas quantidades e disposições, de modo que o projeto seja viável do ponto de vista físico e esteja pronto para ser concretizado. É nessa etapa que os engenheiros civis entram em ação, aprimorando e refinando os cálculos. Além disso, é fundamental exercer grande responsabilidade ao elaborar o projeto estrutural, pois ele aborda a otimização dos gastos com materiais e a segurança da construção.
No âmbito do projeto executivo de arquitetura, também devem constar as especificações técnicas conforme as normas da ABNT, a fim de garantir a execução dentro das diretrizes estabelecidas para aquele tipo de construção e local específico.
Planilha orçamentária
Após a conclusão dos cálculos estruturais, é possível obter uma lista completa e precisa dos materiais necessários para cada etapa da obra. Com base nisso, é elaborada a planilha orçamentária. No projeto executivo de arquitetura, é essencial especificar a lista de materiais que serão utilizados em cada momento, levando em consideração que não é viável ter todos os materiais presentes o tempo todo. Portanto, eles serão introduzidos gradualmente, de acordo com o progresso da obra. Essa lista abrange uma ampla variedade de materiais, que vão além dos itens de construção. São necessárias ferramentas, máquinas, materiais decorativos, objetos e muito mais.
Além da lista de materiais, o arquiteto apresenta ao cliente uma relação de valores na forma de uma planilha orçamentária. Isso permite que o cliente tenha uma visão clara dos seus gastos antes mesmo do início da obra. Na planilha, são detalhados o número de profissionais necessários e o valor total da lista de materiais.
Com base nesses documentos, o cliente pode aprovar ou questionar o valor proposto, dando o aval para o início da construção. É importante lembrar que sempre há espaço para negociação, tanto entre o cliente e o arquiteto quanto na compra dos materiais, onde é possível obter descontos por meio de promoções, por exemplo. Além disso, é necessário considerar que imprevistos podem ocorrer, resultando em um possível desperdício de materiais, sendo recomendado adquiri-los com uma margem de sobra adequada.
Memorial descritivo
Agora, ao finalizar todas as etapas do projeto executivo de arquitetura, surge uma outra parte, talvez um pouco tediosa, mas extremamente necessária: a elaboração do memorial descritivo da obra. Se você não está familiarizado com o termo, não se preocupe, pois ele não é tão comum. O memorial descritivo é um documento público que é registrado em cartório e contém todas as informações relevantes sobre a obra, disponíveis para todos os interessados em acessá-las.
Nesse documento, cada aspecto da obra é minuciosamente descrito, incluindo o orçamento, a natureza do projeto, os cômodos envolvidos, os materiais utilizados, entre outros detalhes. Além disso, o memorial descritivo apresenta uma explicação detalhada do passo a passo da obra.
Os memoriais descritivos desempenham um papel importante ao fornecer registros públicos da obra, o que facilita o trabalho de futuros profissionais que possam estar envolvidos em projetos relacionados àquela construção, como uma reforma, por exemplo. Dessa forma, eles terão um entendimento preciso da disposição de cada elemento na obra, evitando possíveis problemas ou contratempos.
Como otimizar o projeto de arquitetura?
Ao ver todos esses passos, você pode ter achado o projeto executivo de arquitetura muito difícil e trabalhoso, não? Realmente, não é um dos processos mais simples do mundo. No entanto, com a ajuda da tecnologia e ferramentas que ela nos disponibiliza, é possível otimizar boa parte das etapas do projeto e reaproveitando o trabalho já feito em outros momentos, tornando-o menos complexo e cansativo. Observe a seguir algumas dicas!
Melhore as plantas e os desenhos feitos anteriormente
Existem várias maneiras de otimizar o processo de elaboração de um projeto executivo de arquitetura. Uma estratégia inicial é aprimorar as plantas, desenhos, listas, tabelas e cálculos que foram desenvolvidos nas etapas anteriores à execução do projeto. Ao dedicar um cuidado especial a esses elementos, evita-se a necessidade de retrabalho, poupando tempo e permitindo que você se concentre nas tarefas mais importantes, tornando o trabalho mais eficiente.
Garanta que nada tenha ficado para trás
Além disso, é fundamental garantir que nenhum detalhe importante tenha sido negligenciado e que os dados estejam consistentes. Isso é essencial para evitar erros durante a construção. Uma dica é criar um checklist das informações necessárias no projeto executivo e ir marcando conforme forem concluídas. Também é útil pedir a um colega para revisar o projeto antes de entregá-lo finalizado, pois uma segunda opinião pode identificar possíveis falhas ou omissões.
Use a tecnologia a seu favor no projeto executivo!
Por fim, a tecnologia pode ser uma grande aliada na elaboração do projeto executivo de arquitetura. Existem diversos softwares disponíveis que automatizam a criação das plantas, realizam cálculos precisos e ajudam a organizar e importar informações. Ao utilizar essas ferramentas, você se concentrará em complementar e corrigir os elementos conforme necessário, aproveitando a eficiência proporcionada pela tecnologia.
Economize o máximo de tempo possível!
É importante lembrar que tempo é dinheiro, e quanto mais rápido você puder entregar um projeto bem elaborado, melhor será para o cliente, que poderá economizar, por exemplo, evitando a inflação e adquirindo materiais a preços mais baixos do que no futuro. Além disso, otimizar o tempo e o trabalho resultará em benefícios para você, permitindo confiar no trabalho das máquinas e em suas próprias habilidades. Portanto, buscar a otimização é sempre uma prática vantajosa.
Softwares disponíveis
Na era em que vivemos, a tecnologia desempenha um papel fundamental em diversas profissões, incluindo medicina, administração, agronomia, engenharia e, é claro, arquitetura. A capacidade de projetar uma estrutura na tela do computador era algo impensável até algumas décadas atrás, mesmo que a arquitetura exista há séculos. Dada a complexidade do projeto executivo de arquitetura e a quantidade de responsabilidades envolvidas em sua entrega, é extremamente válido aproveitar ao máximo as técnicas que garantam sua execução perfeita.
Nesse sentido, existem programas, softwares e ferramentas que podem ser de grande auxílio. Uma tecnologia que tem sido amplamente utilizada para a elaboração de projetos executivos de arquitetura é a metodologia BIM (Building Information Modeling). Essa metodologia é implementada por meio de programas que automatizam as mudanças nas plantas. Por exemplo, se você alterar a posição de uma tomada na planta elétrica, essa metodologia atualiza automaticamente todo o projeto de acordo com essa modificação. Dessa forma, os fios elétricos, a disposição de portas, cômodos, luminárias, entre outros elementos, são ajustados automaticamente.
Entre os programas mais utilizados dentro da metodologia BIM estão o Revit, que pode ser otimizado com o auxílio do Dynamo, e o Dalux BIM Viewer. Esses softwares permitem trabalhar tanto em duas dimensões quanto em três dimensões, proporcionando uma representação mais detalhada e precisa do projeto.
Além disso, existem os programas tradicionais que desempenham um papel fundamental na rotina de um arquiteto. Tecnologias como o AutoCAD são essenciais e garantem a execução do projeto com maior precisão. Geralmente, os arquitetos têm conhecimento no manuseio desses programas tradicionais, pois são ensinados durante a graduação. No entanto, outras tecnologias exigem especializações e cursos específicos. Vale ressaltar que o AutoCAD não é voltado para modelagem 3D, sendo necessário complementá-lo com ferramentas como o SketchUp.
De quem é a responsabilidade técnica do projeto?
Considerando que o projeto executivo de arquitetura é o produto final no qual todos os construtores e engenheiros se basearão, é imprescindível reconhecer que, com grandes processos, vêm grandes responsabilidades. O arquiteto deve ser capaz de assumir a responsabilidade pela segurança da obra, sua viabilidade, a precisão das informações fornecidas, a adequação dos preços estimados e a conformidade legal das decisões tomadas.
Embora possa parecer assustador, é exatamente para esse propósito que os arquitetos passam por anos de formação acadêmica e por diversas etapas antes de estarem habilitados para assinar um projeto executivo. No entanto, mesmo com toda a preparação, é essencial que haja seriedade, comprometimento e responsabilidade ao colocar um projeto executivo de arquitetura no papel, levando em consideração todas as variáveis envolvidas.
É possível contar com a colaboração de profissionais parceiros, buscar aprimoramento por meio de cursos de capacitação e dedicar o tempo necessário para realizar o processo criativo com a máxima qualidade possível. Além disso, é recomendável solicitar revisões por parte de colegas de profissão e utilizar a tecnologia como uma ferramenta de apoio.
Quanto custa um projeto executivo de arquitetura?
Quando se trata de definir os custos de um projeto executivo de arquitetura, há várias variáveis a considerar. Uma abordagem que pode ser considerada é a de parcelar os honorários pelos diferentes estágios do projeto.
Para o projeto executivo de arquitetura, é comum atribuir um percentual específico do valor total do projeto. Isso se deve ao fato de que essa fase tende a ser mais complexa e demandar mais tempo em comparação com outras etapas do processo.
É importante ressaltar que esses percentuais são apenas referências gerais e que são ajustados de acordo com as necessidades e circunstâncias específicas de cada escritório. Na GDesign, sabemos que cada projeto é único e os valores podem variar de acordo com o escopo e a metodologia de trabalho estabelecida com o cliente.
O projeto executivo de arquitetura é um componente fundamental no planejamento de qualquer obra, envolvendo aspectos fundamentais como tempo, dinheiro e até mesmo aspectos emocionais dos envolvidos. Portanto, é essencial não subestimar sua importância.
É fundamental dedicar a devida atenção a essa etapa do processo de arquitetura e enxergar o custo como um investimento.
Quem pode me ajudar com o projeto executivo de arquitetura?
Se você está procurando um profissional que seja capaz de auxiliar sua empresa com um projeto executivo de arquitetura voltado para o comércio, varejo e franchising, a GDesign atua com arquitetura comercial especializada em franquias e varejo. Temos também know how em projeto conceito, branding, comunicação visual do ponto comercial, visual merchandising, projeto da unidade piloto e projetos de rollout.
Aqui, contamos com profissionais e arquitetos capacitados para tornar realidade seu sonho de ponto comercial, e ainda para estudar todas as variáveis que dizem respeito à arquitetura do ambiente comercial. Temos o orgulho de dizer que somos capacitados para criar projetos executivos de arquitetura com excelência. Entre em contato conosco, teremos o prazer de te enviar uma proposta!
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